Em meio à fumaça dos incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul, um ninho de tuiuiú em cima de uma árvore com os galhos secos, foi avistado por bombeiros que passavam de barco pelo Rio Paraguai na tarde desta segunda-feira (24). A área fica cerca de 7 km em linha reta da cidade de Corumbá.
"Havia esse ninho de tuiuiú em risco com a aproximação de uma frente de fogo. Tinha bastante material combustível embaixo tendo risco de incendiar a árvore onde está o ninho. Mobilizamos uma equipe na embarcação chamada tuiuiú que foi até o local com motobomba. Com água do próprio Rio Paraguai foi feito o combate, rescaldo e proteção dessa área", explica o capitão Samuel Pedrozo, chefe de operações dos bombeiros.
O Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal) também está na região em busca de animais feridos ou debilitados que precisem de atendimento. Em uma das varreduras recentes, a equipe filmou uma onça distante caminhando em uma área queimada. Pelas imagens de vídeo é possível ver que em poucos segundos o felino desaparece em meio à vegetação.
"Realmente o fogo está intenso, mas nas áreas onde foram trabalhados aceiros e coisas do tipo, os animais estão dando conta de fugir. Perto de 2020 não dá nem para se comparar, ao menos por enquanto. O número de animais atingidas de forma direta ainda é bem inferior", detalha a bióloga e médica veterinária Paula Helena Santa Rita, coordenadora operacional do grupo. Ela faz uma comparação com quatro anos atrás, quando o Pantanal enfrentou uma das piores temporadas de incêndios da história.
Em uma das buscas ativas nestes últimos dias, o resultado veio em vídeo mostrado nas redes sociais dizendo "não encontramos indícios de animais de médio e grande porte, mamíferos no geral, apenas pegadas de um pequeno felino, mas a população presente em grande abundância são as aves".
Comentários: