A região do Parque Nacional da Serra da Bodoquena é uma das áreas mais deslumbrantes de Mato Grosso do Sul. Criado em novembro de 2000, como parte de um esforço da União para preservar a região, tem 76.400 hectares de extensão.
Situada na borda sudoeste do Complexo do Pantanal, se destaca por ser um importante "encrave" de Mata Atlântica em meio ao bioma Cerrado, abrange as cidades de Porto Murtinho, Bonito, Jardim, Miranda e Bodoquena.
Nos últimos anos, toda a região vem sendo objeto de interesse de atividades que são diametralmente opostas à conservação deste ecossistema. Dentre essas atividades estão a agropecuária e mineração.
Segundo último relatório de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), a região tem importantes reservas de calcário dolomítico e calcítico, fosfato e mármores, que servem para correção de solo em atividades agrícolas.
A estes bens minerais se somam a extração de água mineral, folhelho, filito (indústria cimenteira) granitos (brita e rochas ornamentais) e materiais de uso na construção civil (areia, cascalho e basalto) e na indústria cerâmica (argila).
De acordo com os dados disponibilizados pela Agência Nacional de Mineração, as empresas que realizaram operações envolvendo minério em Mato Grosso do Sul até Junho de 2023 somaram 156 empresas.
Tais empresas produziram em CFEM, ainda conforme relatório, mais R$ 36, 5 milhões. Esses números representam, respectivamente, 93,41% do verificado em todo o ano de 2022. Considerando o período entre 2015 e 2023, a arrecadação da CFEM somou R$ 381,71 milhões, enquanto operaram em média 149 empresas. Desconsiderando o ano de 2023, os valores mostram uma tendência de aumento em relação a quantidade de empresas e de aumento no que diz respeito a arrecadação. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
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