O Santos está cada vez mais perto de assinar um contrato com a WTorre para construir a nova Vila Belmiro. E para viabilizar esse acordo e deixar tudo da forma mais organizada possível, o Peixe criará, junto com a construtora, uma Sociedade de Propósito Específico (SPE).
SPE nada mais é que um modelo de organização empresarial, com um objetivo específico e atividade restrita. No caso do Alvinegro Praiano, será para debater somente assuntos relacionados a futura casa santista e terá duração de 30 anos.
Haverá um representante de cada empresa, além de um CEO - escolhido em conjunto por ambas as partes, que vai, resumidamente, dar a palavra final.
A SPE, por exemplo, absorverá os custos da arena. A operação custará cerca de R$ 19 milhões por ano (R$ 570 mi em 30 anos).
Além disso, até R$ 15 milhões do valor referente aos naming rights do novo estádio ficarão com essa sociedade. O restante será do Peixe. Ou seja, caso o contrato seja de R$ 30 milhões, por exemplo, R$ 15 mi ficará com a SPE e R$ 15 mi com o clube.
Na visão do clube, esse modelo de governança compartilhada é a melhor forma de garantir equilíbrio. "Para tanto, estará regrado em contrato e nos devidos manuais de operação os temas mais importantes, para que não haja divergências entre as partes".
A agenda para possíveis jogos decisivos, mata-mata e competições continentais estará bloqueada para o Santos. Ademais, decisões extraordinárias deverão ser definidas em quórum especializado.
Vale ressaltar que o clube será responsável pela operação das partidas e terá o poder de precificar os seus ingressos.
“O mais importante é que os direitos do Santos foram preservados nos repasses. O Santos tem uma participação nos eventos e shows e também terá o direito à integralidade do repasse no futebol. Foram negociações vantajosas para o Santos”, disse o presidente Marcelo Teixeira.
As obras da nova Vila Belmiro ainda não tem uma data certa para começar. A diretoria do Santos aguarda o Pacaembu para, aí sim, dar início à reforma do Urbano Caldeira.